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Qual é o papel da curadoria na comunicação interna?

Todos nós já ouvimos falar que a comunicação interna é uma arte. E se é uma arte, nada mais justo que contar com a importante figura do curador.

Em um museu, por exemplo, a curadoria é responsável por selecionar as melhores obras: aquelas que têm mais a ver com o público e com o objetivo da exposição.

Mas qual é o papel da curadoria na comunicação interna de uma empresa? Ela é realmente necessária? Aliás, você já tinha ouvido falar nisso? Vamos mostrar como pode ser essencial para qualquer empresa!

A velha comunicação interna

A boa e velha comunicação interna se pauta na produção de conteúdo. São informações criadas por um setor e distribuídas para o restante da empresa. Há muito tempo, em uma galáxia muito distante, as empresas tinham maneiras bem definidas (e antiquadas) de passar as informações aos seus subordinados.

Existia um setor que era encarregado de criar conteúdos sobre as novidades da empresa, de um setor, algum case, informações sobre colaboradores e quadro de aniversários; essas coisas simples. Geralmente, as informações eram passadas através de revistas internas, e-mails e murais. Sempre existia aquele setor ou profissional que adorava mostrar seus feitos e figurar nos comunicados.

Também havia sempre a figura central do curador, que fazia mais o papel de um produtor, que organizava as informações e, muitas vezes, nem era alguém especializado nessa área, podendo ser do RH ou outra pessoa disposta, mas sem muito conhecimento técnico.

A velha comunicação interna tentava manter diálogo e colaboração entre os integrantes das empresas, mas era costumeiramente verticalizada, mantendo segregação e diferenciação entre chefes e comandados.

A nova comunicação interna

Hoje, a comunicação interna tem novas ideias e formas de criar diálogo e colaboração entre as pessoas. As empresas que acreditam e investem nisso permitem que os próprios colaboradores recebam papel de destaque e se tornem produtores de conteúdo. Já não existe uma figura central que cria textos, murais, e revistas para distribuir entre eles.

A comunicação interna passa a ter uma importância estratégica muito grande nas corporações, deixando de ser apenas informativa, mas buscando, principalmente, tornar as equipes mais eficientes, engajadas e produtivas.

Empresas que conseguem envolver seus colaboradores neste processo têm equipes mais colaborativas e conseguem ser mais lucrativas. Um estudo realizado pela consultoria Aon Hewitt concluiu que o engajamento está relacionado com a produtividade: organizações que contam com um alto nível de engajamento são 78% mais produtivas e 48% mais rentáveis.

Nessa “nova forma” de comunicação interna, então, o colaborador é incentivado a criar, dar opinião e mostrar seu trabalho, tornando-se mais ativo. Assim, se torna cada vez mais comum a utilização de plataforma de comunicação interna, que conectam as pessoas e criam um ambiente propício para a troca de experiências, novidades e informações. Todos passam a ter voz, participar da gestão e ter a sensação de fazer parte do negócio: de serem importantes e, assim, se alinharem com os propósitos da empresa.

O papel central da curadoria

A curadoria, então, surge para direcionar e promover a comunicação entre os colaboradores. O curador deixa de se preocupar exclusivamente com a produção de conteúdo e passa a monitorar as informações – o que é compartilhado e as conversas que são criadas -, buscando gerar o debate e incentivar que os membros encontrem soluções. Essa curadoria passa a incentivar discussões que estejam alinhadas com o propósito da empresa, visando maior produtividade e resultados.

Agora que todos têm voz, o curador precisa escutar tudo e todos. É dele o papel de identificar problemas em determinados setores, comportamentos tóxicos e falhas na comunicação. É ele que identifica um colaborador que tem comportamentos nocivos ao restante da equipe e gera perda de produtividade. E é ele que identifica colaboradores que têm alta capacidade e devem ser reconhecidos.

O curador também tem a missão de promover a melhoria constante das equipes. Se o time de vendas tem baixo desempenho, ele pode buscar materiais que ensinem novas técnicas, gerar debate sobre novas formas de trabalho e compartilhar dicas de tecnologias que facilitem a vida, tudo isso com a participação dos colaboradores.

Esse profissional responsável pela curadoria da comunicação interna se torna um líder, como um técnico de futebol, responsável por desenvolver atletas e buscar o que há de melhor em cada um. E é assim que se criam times vencedores!

Você já conhecia essa nova cara da curadoria na comunicação interna? Conte para a gente nos comentários!

BWG

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