Criada pelo espanhol Alfons Cornella em 1996, a infoxicação é o resultado da fusão entre as palavras “informação” e “intoxicação” e refere-se, justamente, à sobrecarga de informações que recebemos diariamente, tanto no contexto profissional quanto no pessoal.
No mundo corporativo, a consequência desse excesso é a dificuldade de assimilar todos os conteúdos recebidos, gerando estresse, ansiedade e problemas de saúde mental. Aliás, de acordo com dados da pesquisa Data Never Sleeps, entre 2013 e 2022 houve um aumento de:
- 195% no volume de buscas do Google
- 1041% no tempo de conteúdo disponível no YouTube;
- 1933% no compartilhamento de imagens no Instagram;
- 347% no número de tweets compartilhados.
Mas a pergunta que fica é: como se comunicar com o público interno sem provocar infoxicação?
Bom, não existe resposta certa – e muito menos formula mágica para isso. É necessário, antes de qualquer outra coisa, bom senso, empatia e, principalmente, saber como utilizar as ferramentas e tecnologia para se comunicar de maneira inteligente, leve e eficaz.
Continue a leitura e descubra como fazer isso!
Infoxicação nas empresas
Atualmente, um dos maiores desafios das organizações é gerenciar as informações que realmente precisam ser absorvidas (e assimiladas) pelos colaboradores, controlando assim o excesso de conteúdo que eles recebem por todos os meios nos quais estão conectados.
Isso porque as empresas precisam compartilhar diversos temas que vão desde questões ligadas ao bem-estar, passando por assuntos sobre gestão e finanças.
Afinal, é muito importante que os funcionários saibam como funciona a operação, quais são os produtos que a empresa oferece, quem são os seus clientes, o que RH está fazendo, quais são os seus benefícios, como a empresa está performando etc.
Além disso, após a pandemia, as pessoas passaram a ficar ainda mais conectadas às tecnologias.
Tudo passou a ser virtual, desde reuniões até conversas entre pares, líderes e equipes, fazendo com que o esgotamento físico e mental chegasse a níveis alarmantes.
Hoje, de acordo com uma pesquisa publicada pelo blog da Somos Unit, aproximadamente 32% dos trabalhadores brasileiros estão sofrendo com a Síndrome de Burnout, o que equivale a 33 milhões de pessoas.
Isso é um resultado direto das muitas as notificações que chegam via e-mail, TV corporativa, newsletter, reunião, WhatsApp, intranet, redes sociais (corporativas e externas) etc. Mas, diante desse excesso, como fazer as informações serem realmente entendidas pelo público interno?
Como a Rede Social Corporativa pode resolver esse problema?
Não há dúvidas de que o colaborador precisa receber as informações com objetividade e faciidade de acesso, seja na palma da mão com o celular ou em um notebook.
Nessa realidade, destacam-se os canais de comunicação interna que funcionam por meio de aplicativos mobile e concentram todas as informações num único lugar, como é caso da rede social corporativa.
Assim, quando são notificadas, as pessoas conseguem abrir e olhar o assunto, ler tudo rapidamente ou assistir a algum vídeo para ficar por dentro do que está acontecendo na empresa.
Confirmando essa teoria, a Pesquisa de Tendências em Comunicação Interna revelou que 73% das empresas têm atuado para reduzir o excesso de informação em seus canais internos investindo em soluções que alcancem diferentes públicos e momentos.
E a grande solução implementada pelo respondentes foi a rede social corporativa, considerada por 67% deles como efetiva.
Aliás, em 2022, o BWG lançou uma pesquisa para entender como as empresas estavam se comunicando através das redes sociais corporativas.
O estudo contemplou empresas como a Alpargatas, o Grupo Boticário e a Unimed, e 54% delas disseram que estão satisfeitas com o impacto e os resultados que as redes sociais corporativas estavam tendo em seus negócios.
Pensando nisso, separamos três dicas que podem ajudar a sua empresa a evitar a infoxicação através do uso das rede sociais corporativas. Confira:
1. Sempre que possível, segmente!
Não são todos os colaboradores que desejam ou necessitam receber todas as informações comunicadas diariamente em uma empresa.
Por isso, é preciso identificar os diferentes públicos, segmentá-los e distribuir as comunicações de acordo com o que é relevante para cada grupo.
Isso reduzirá o número de comunicados enviados para todos, minimizando interrupções desnecessárias no trabalho.
Ao segmentar os envios, os colaboradores perceberão que as comunicações recebidas são pertinentes, aumentando o engajamento e, consequentemente, a absorção. Aqui, vale separar por cargo, setor, equipe, gênero, localização, se tem filhos ou não etc.
2. Seja objetivo!
Antes de se comunicar, defina qual é o objetivo da sua mensagem: informar, parabenizar, educar, convidar para uma ação, entre outros.
Uma vez definido o objetivo, é hora de criar a comunicação, sendo a palavra-chave aqui a objetividade.
Escreva mensagens claras, diretas, atentando-se aos erros ortográficos e evite textos mais extensos do que o necessário.
Lembre-se de que a atenção do seu colaborador está sendo disputada por vários outros estímulos e demandas de trabalho.
Assim, seja assertivo ao transmitir sua mensagem e, se possível, use também recursos midiáticos como vídeos rápido que são mais facilmente consumidos.
3. Crie conteúdos relevantes!
É essencial buscar equilíbrio entre o que deseja comunicar e o que as pessoas precisam/querem saber.
O processo de escuta do público interno, por meio de pesquisas, é fundamental para alcançar esse equilíbrio.
Descubra as preferências de conteúdo, o que é verdadeiramente relevante para cada público, os formatos mais eficazes, os horários etc.
Dessa forma, será possível criar conteúdos cada vez mais relevantes, efetivos e transparentes.
No entanto, para que a rede social corporativa funcione, as lideranças e o RH precisam encorajar a participação de todos os colaboradores, sem que isso substitua as conversas pessoais quando necessárias.
Além disso, sem o trabalho de uma equipe que produz conteúdos e alimenta a rede social, fica desafiador gerar resultados e fortalecer a comunicação dentro da empresa.
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