O índice de turnover pode ser explicado como o reflexo das entradas e saídas de colaboradores em um determinado período de tempo. Ou seja, ele mensura a rotatividade de funcionários e, quando apresenta uma taxa muito alta, acaba causando impactos negativos na empresa.
Isso porque ele pode levar a uma perda constante de talentos e à necessidade de contratar e treinar novos funcionários constantemente.
Vale lembrar também que esse índice é influenciado por uma série de fatores distintos, que podem incluir desde condições de trabalho, salários e benefícios, passando pelo grau de autonomia, oportunidades de crescimentos, aspectos culturais da empresa e, é claro, satisfação geral dos colaboradores.
Nesse sentido, preocupar-se com o engajamento e com a retenção de talentos se tornou uma necessidade para os gestores de RH.
Afinal de contas, de acordo com uma pesquisa recente realizada pela Gallup, os profissionais engajados aumentam a satisfação do cliente e promovem um volume até 20% maior de vendas.
Eles também apresentam um desempenho cerca de 147% melhor do que outros colaboradores.
No entanto, segundo esse mesmo levantamento, as pessoas engajadas representam somente 13% do total das equipes.
Seguindo a mesma lógica, uma pesquisa realizada em 2021 pela SurveyMonkey revelou que 9 em cada 10 profissionais estão insatisfeitos com o trabalho. Além disso, de acordo com a mesma pesquisa, 64,24% funcionários gostariam de fazer algo diferente do que fazem hoje para se sentirem mais motivados.
Esses dados geralmente acabam resultando em um alto índice de turnover e, por isso, essa é uma das grandes prioridades do RH para 2023.
Quando falamos em turnover, a primeira coisa que precisamos ter em mente é que ele não acontece apenas quando uma pessoa é demitida.
Pelo contrário, aspectos como aposentadoria, afastamentos, fatalidades e até mesmo transferências de funcionários para outras unidades entram nessa categoria.
Além disso, existem diferentes tipos de turnover e conhecer os principais é algo importante para mitigar e diminuir os impactos em seu negócio. Confira:
O turnover funcional é aquele que ocorre quando um funcionário que já vinha apresentando baixo rendimento e/ou desalinhamento com a cultura pede desligamento da empresa.
Ele recebe esse nome porque, de certa forma, acaba sendo positivo, uma vez que diminui os encargos trabalhistas e dá ao RH a possibilidade de contratar outro profissional mais adequado para a vaga e, consequentemente, mais alinhado com os valores da empresa.
O turnover disfuncional, no entanto, é aquele que empresa não estava desejando. E isso pode ocorrer de diversas formas, como quando um talento de alto desempenho pede desligamento por ter recebido uma proposta melhor.
Vale ressaltar ainda que a decisão de sair, aqui, parte unilateralmente do profissional.
Nesse momento, a empresa precisa entender, por meio de um feedback, pontos de melhoria para evitar novas situações como essa.
Por isso, é importante que o profissional de RH conduza uma entrevista de desligamento e busque traçar estratégias que possam otimizar os pontos mencionados pela pessoa desligada.
Por fim, no turnover involuntário, diferentemente do que acontece nos anteriores, a decisão de desligar alguém é tomada pela própria empresa.
Por isso, nessa situação, que se difere do turnover funcional, a empresa precisar, sim, arcar com todas as despesas trabalhistas, de acordo com a legislação vigente.
Nesse sentido, é importante destacar que contar com gestores capazes de criar ambientes de trabalho felizes, seguros e saudáveis pode ajudar a diminuir os indíces de turnover e criar um ambiente mais atrativo e capaz de reter talentos e, consequentemente, aumentar e melhorar os seus resultados.
E o nosso ebook sobre o futuro do trabalho pode te ajudar nesse sentido.
Em linhas gerais, as principais razões do turnover acontecem de cima para baixo. Para se ter um ideia, segundo um levantamento feito pela consultoria de recrutamento Michael Page, 8 em cada 10 profissionais pedem demissão por causa do compartamento de suas lideranças.
Nesse mesmo sentido, uma pesquisa realizada pela BambooHR mostrou que 44% das pessoas pedem desligamento pelo fato de terem um chefe tóxico.
Além disso, o turnover também pode ser causado por outros fatores relevantes, como:
Para melhorar o índice turnover, as empresas podem apostar em estratégias como:
Segundo um estudo realizado pela TINYpulse, 70% das pessoas entrevistadas afirmaram não ter tempo suficiente para realizarem as suas demandas.
Nesse sentido, é preciso que os gestores entendam o limite da sua equipe e saibam priorizar as demandas para que haja um equilíbrio entre o profissional e o pessoal.
Saber direcionar o seu time de forma estratégica e saudável é uma necessidade que pode ser resolvida através da gestão humanizada, que consiste em uma série de procedimentos voltados a aumentar a satisfação, o bem-estar e a felicidade dos profissionais dentro do ambiente de trabalho.
Por mais óbvio que seja dizer isso, o reconhecimento profissional é uma das práticas mais relevantes para manter um colaborador engajado e satisfeito com a empresa.
Inclusive, um estudo realizado pela Hubspot mostrou que 69% dos colaboradores trabalhariam melhor se sentissem que estão sendo valorizados.
Saber o que está acontecendo com seu time e entender os desafios que ele está enfrentando é algo essencial para evitar a sensação de abandono e desvalorização, diminuindo, consequentemente o índice de turnover.
Além disso, a cultura de feedback ajuda a aumentar o desenvolvimento pessoal, melhorar a relação de confiança entre líderes e liderados e dar a oportunidade do profissional ser sentir ouvido e acolhido tanto no âmbito profissional quanto no pessoal.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, em 2020, o número de despesas relacionadas a depressão, ansiedade, estresse e outros transtornos comportamentais aumentou em 30%, provocando mais de 289 mil afastamentos do trabalho.
Mas muito além do bem-estar emocional, as ações de saúde também precisam se preocupar com aspectos como postura, acidentes de trabalho e ergonomia.
E isso vai muito além das questões humanitárias, impactando diretamente nos índices de engajamento e retenção de talentos.
Por isso, é importante que o RH, junto às lideranças, procure implementar práticas que evitem a desmotivação e exaustão no trabalho. No nosso ebook sobre o ecossistema da experiência do colaborador, você encontrará algumas dicas de como fazer isso de maneira efetiva.
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