A comunicação é algo bastante comum e que faz parte do nosso dia a-= dia, não é mesmo? No entanto, aos nos deparamos com conceitos como o da escuta ativa, podemos perceber como nem sempre a comunicação verbal é algo tão simples quanto parece.
Muitas vezes, o ouvinte está realizando várias tarefas ao mesmo tempo ou não está atento a tudo o que está sendo dito pelo seu interlocutor, o que acaba comprometendo não só a dinâmica entre eles, mas também o entendimento e a aceitação da mensagem como um todo.
Isso porque a comunicação assertiva é algo essencial para alcançar resultados expressivos não apenas na performance e no campo produtivo, mas também no engajamento, na participação, na motivação e na retenção dos profissionais.
E é justamente aí que a escuta ativa, um termo que tem origem na psicologia, vem sendo incorporado ao ambiente de trabalho como uma ferramenta capaz de aproximar pessoas, abrir os canais de diálogos e promover uma real integração no time.
A premissa básica da escuta ativa consiste em se conectar e prestar atenção verdadeiramente ao que a outra pessoa tem a dizer, demonstrando interesse real no que está sendo falado pelo seu interlocutor. Algo que pode até parecer simples, mas na prática não é.
Muito pelo contrário, manter um discurso motivador e capaz de garantir a produtividade sem prejudicar a moral do time é um grande desafio para a maioria das empresas – já que todos na equipe são indivíduos únicos, e não existe uma receita pronta para satisfazer cada um.
Então, como fazer isso na prática? É isso que abordamos neste artigo!
O que é escuta ativa?
Se pararmos para refletir, vamos perceber que, na teoria, o conceito de escuta ativa é um pouco contrintuitivo.
Afinal, o ato de escutar é quase sempre entendido como uma tarefa rotineira, comum e passiva. Por isso, não é difícil notar que quando falamos sobre esse tipo de escuta, estamos abordando um processo que vai muito além de simplesmente ouvir alguém.
Originária da psicologia, a escuta ativa é uma técnica que promove um diálogo eficiente, empático e claro. E, através da sua utilização, o ouvinte se torna capaz de assimilar e entender verdadeiramente tudo o que está sendo dito pela outra pessoa.
Esse termo foi criado na década de 70 por Thomas Gordon, um psicólogo clinico reconhecido pelas suas técnicas de comunicação.
Focado em melhorar os discursos e resolver conflitos, Gordon queria provar que as relações entre diferentes pessoas podem ser mais efetivas através da comunicação. E, nesse sentido, ouvir o outro seria um dos pilares para relacionamentos mais saudáveis.
Até porque, quando uma pessoa consegue compreender a mensagem que está sendo transmitida, demonstrando interesse verdadeiro, as chances de quem está falando ficar aberto para ouvir o que outro tenha a dizer é muito maior. Isso, aumentando a fluidez dos diálogos.
Como a escuta ativa pode ser usada no meio corporativo?
No ambiente de trabalho, as distrações são constantes – e as nossas mentes estão quase sempre focadas na resolução de problemas. Isso dificulta a comunicação e pode fazer com que sugestões valiosas de colegas e colaboradores sejam perdidas.
Nesse sentido, a escuta ativa é uma técnica que ajuda a captar ideias e promover a melhoria contínua na organização, já que ela se baseia no princípio de que todos podem contribuir com propostas para melhorar o ambiente de trabalho.
Inclusive, algumas das maiores empresas do mundo utilizam essa técnica em suas avaliações de desempenho, fazendo sessões de escuta ativa para ouvir e validar as necessidades dos seus colaboradores.
Isso porque a escuta ativa permite o ouvinte a se envolver mais na conversa e evitar distrações que impedem a absorção de informações e conteúdos relevantes durante todo esse processo.
Vale lembrar ainda que interagir, questionar e até mesmo demonstrar uma opinião contrária podem (e devem!) fazer parte da escuta ativa.
O ponto central dessa técnica não está no silêncio, na passividade ou na aceitação absoluta do que está sendo falado, mas sim no empenho para assimilar tudo o que foi dito e no respeito ao responder o outro. Desta maneira, a escuta ativa é composta por:
- Empatia para entender os temas que impactam os funcionários;
- Perguntas investigativas que facilitem a profundidade dos temas;
- Tomada de ação em cima dos resultados obtidos.
Quais os benefícios da escuta ativa?
A escuta ativa desenvolve a comunicação e a empatia entre lideranças e colaboradores – o que resulta também na melhora do relacionamento interpessoal, aperfeiçoando, inclusive, o trabalho em equipe.
Além disso, ela aumenta a autoestima e a confiança no trabalho do outro.
Confira a seguir mais benefícios dessa prática:
- Aumento da empatia;
- Diminuição dos erros e conflitos;
- Segurança organizacional;
- Mais satisfação no trabalho;
- Incentivo da confiança entre as equipes;
- União de lideranças e liderados;
- Melhora no clima organizacional.